A substituição de válvulas industriais é uma decisão estratégica que impacta diretamente na eficiência e segurança das plantas industriais. Saber o momento exato para realizar essa troca é essencial para evitar falhas inesperadas, reduzir custos com manutenções frequentes e garantir o bom funcionamento do processo.
Segundo o Engenheiro Mecânico Cleder Ribeiro, "o processo de troca de válvulas geralmente começa quando, ao longo do tempo, mais peças precisam ser substituídas devido ao desgaste natural no processo de produção. Quando o custo da manutenção se torna muito alto, é um sinal claro de que está na hora de trocar a válvula."
Os modelos de válvulas têm durabilidades variadas. As válvulas tipo Globo, por exemplo, possuem uma vida útil mais longa, entre 15 e 25 anos, dependendo das condições de operação. "Em ambientes mais críticos, essa troca pode ser necessária antes", explica Cleder. Já as válvulas borboleta concêntricas, especialmente as com diâmetro de até 12”, apresentam uma vida útil menor. "Nas primeiras manutenções, a troca geralmente se concentra na vedação, mas com o tempo começam a surgir desgastes e folgas entre o disco e o eixo ou entre o eixo e o corpo, o que indica que é preciso substituir a válvula."
Outro ponto importante é o desgaste por oxidação, como acontece com as válvulas borboleta bi excêntricas de aço carbono. O engenheiro detalha que "quando a folga entre o disco e a vedação ultrapassa 8 mm, por exemplo, é um sinal de que a válvula precisa ser trocada".
Existem várias situações em que a troca de válvulas se faz necessária. Uma delas ocorre quando a válvula começa a demandar manutenções mais frequentes do que o esperado. Segundo Cleder Ribeiro, "normalmente, uma válvula passa por manutenção uma vez por ano, durante a parada programada da empresa. Porém, se a válvula começar a apresentar problemas antes desse período, é um sinal de que sua performance está abaixo do necessário".
Outra situação comum é quando a válvula, apesar de funcionar adequadamente no controle de abertura e fechamento, já não atende mais às exigências de vazão e pressão. Isso pode acontecer em função de mudanças no processo produtivo, como aumento da produção ou alteração na vazão. "Nessa situação, o controle da válvula deixa de ser eficiente e pode ser necessário trocar por uma de maior diâmetro para atender às novas demandas", destaca.
O planejamento da manutenção preventiva e corretiva de válvulas é fundamental para maximizar a vida útil do equipamento. Fatores como temperatura do fluido, tipo de vedação e a precisão do funcionamento da válvula influenciam diretamente o intervalo de manutenção. "Em usinas, por exemplo, válvulas que lidam com o caldo precisam ser removidas anualmente para manutenção preventiva", explica. Em sistemas de água, o intervalo entre as manutenções pode variar de dois a cinco anos, dependendo da frequência de uso.
A manutenção preventiva ajuda a evitar falhas inesperadas, mas quando uma válvula quebra, a troca corretiva é inevitável. Nesse caso, é crucial contar com uma válvula que ofereça maior durabilidade e melhor desempenho para o novo ciclo de operação.
Saber identificar o momento certo para trocar uma válvula é essencial para garantir a eficiência do processo produtivo e evitar custos elevados com manutenções frequentes. Avaliar o desgaste, os custos de manutenção e as demandas de produção são passos fundamentais para essa decisão. Como afirma o engenheiro Cleder Ribeiro, "quando o custo da manutenção se torna muito alto ou a válvula não atende mais às exigências do processo, é hora de considerar a substituição".
Envie sua mensagem e tire suas dúvidas.
Olá! Tudo bem?
Como posso ajudar?
Dúvidas Fale com Mariana
Pós-vendas e qualidade Zanardo Fale com Liniker